quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Todos perguntam...

Rádio ligado, música tocando e, do nada, a mente é invadida por uma nuvem de idéias. Perguntas a serem respondidas, uma questão leva a outra, e mais, mais, mais, mais perguntas e nota-se que tudo estes devaneios foram apenas perguntas.

Parei.

Olhar fixado em um ponto qualquer, sem qualquer intenção de observá-lo. É preciso saber no que pensar, concentrar as idéias, foco. Difícil escolher, as idéias surgem sem que sejam convidadas, atrapalham umas às outras, surgem e desaparecem sem explicação alguma. Concentração, concentração, concentração....... Parou, mas restou uma ainda, uma única: Por que se prender nas perguntas e não nas suas soluções?

Uma vez estava resolvendo [leia-se ‘tentando resolver’] um destes quebra-cabeças. Cinco, dez, trinta minutos, uma hora e nada, até que alguém se aproximou e falou ‘fica difícil executar a tarefa se você se concentrar no problema, devia focar na sua solução’. Como uma simples frase pode mudar muita coisa. Não que antes não se tenha tentado a solução, mas é raro [e mesmo sem pergunta alguma, lá estava eu prendendo-me na questão e não na sua resposta].

De onde vem este súbito de questionar?! Penso eu ‘será que ocorre apenas comigo?’. Que já me acostumei a perguntar, a querer saber motivos que tais questões fluem sem menor esforço? E mais perguntas... Sim, acostumei-me a criar mais perguntas e não pensar nas respostas, não dar atenção à elas, tais que poderiam ser muito mais úteis. Afinal, há tantas perguntas que não tem respostas [lost].

Ver o outro lado fez-me pensar que nem tudo é pergunta. O costume de questionar tudo e achar que o todo precisa ser perfeitamente entendido tornou-me presa a coisas desnecessárias [ou seria um modo de manter a mente sempre atenta a qualquer coisa?!]. Fez-me prestar atenção em coisas mais simples e ver também a resposta de algumas perguntas é questão de tempo [olha, seria este possível tema para um outro post?!]. É claro que ainda há dúvidas sobre certas coisas.

O complicado é saber quando parar para pensar, no que deve prender a atenção e, indo mais além, creio que apenas o que for importante para mim (e sem ser egoísta) e o que também for importante para quem nos é importante, tem sua relevância, já que não basta pensar apenas a si mesmo. Precisamos uns dos outros [mas isto já é tema para um próximo post].


FaBeer

2 comentários:

  1. Aham!!!
    Perguntamos, perguntamos... são tantos porquês invadindo nossa mente que deixamos de pensar na resposta... qdo realmente seria o mais sensato, não??
    Beijão!!!
    Edilene

    ResponderExcluir
  2. Foco! Foco! "Olhar fixado em um ponto qualquer, sem qualquer intenção de observá-lo." Onde o ponto é mera ilustração de alguém externo à ação"

    ResponderExcluir