quinta-feira, 29 de julho de 2010

Quem decide o que é notícia?!

Dezenove horas, horário do telejornal. Sentam-se todos em frente ao aparelho televisor para saber o que acontece mundo afora. Fatos em outros países, no Brasil, nos estados e cidades, vê-se a cotação da moeda, operação da bolsa, dicas de beleza (seguido de um sorriso alegre da apresentadora ou apresentador, é claro), economia, esporte, este sempre focado no futebol, sem falar das extensas reportagens, as ditas manchetes.

É claro que hoje, fontes de notícias estão em todos os lugares, e digo que a minha preferência é a internet [nem precisava afirmar isto, mas tudo bem] e o principal motivo, a liberdade de escolha dos assuntos e das fontes. Porém, a notícia falada, o telejornal, ainda é o mais preferido da população [de onde eu tirei isto? Bom, não precisa de pesquisa pra ver que é fato].

Nota-se que a era agora é a da liberdade de expressão, poder falar o que quer e quando quer, prova disto é a imensa quantidade de blog de praticamente tudo que se possa imaginar. E como é de se pensar nem sempre foi assim, a própria historia brasileira tem capítulos onde querer dizer o que pensa era significado de, para alguns, muita coragem, mas para outros, burrice e loucura e medo.

Agora pensando, algumas perguntas surgem, como ‘qual a importância de uma determinada noticia? Se muito do que acontece em algum lugar, já aconteceu ou esta acontecendo em outro?’ [Pode até dizer que estou viajando demais, mas já nesta questão, creio que parte desta resposta seja a própria população, pois ninguém é eterno, coisas acontecerão de novo, mas sempre com algo diferente, entre outroo].

Bom, pensando nisto tudo, em todas as perguntas que poderiam ser feitas volto-me a pergunta principal: Quem decide o que é notícia?

Pereira Jr, 2005, escreve que ‘os noticiários televisivos ocupam papel relevante na imagem que as pessoas constroem da realidade’, já que pelos meios de comunicação descobre o que não acontece logo ali na esquina e pode ver o mundo. O que me leva a pensar que será que pessoas são induzidas a sempre acreditar naquilo que vê?! [sim, pergunta retórica]. Apesar dos telejornais, sites destes mostram as mesmas noticias exibidas na televisão e logo ao lado, escondidinho, encontram-se colunas sobre variados assuntos, porém não menos importante que aqueles de destaque. Sem dizer dos jornais impressos (quase sempre veiculados às emissoras) que também relata as mesmas noticias e outros fatos nos mais logo ali, no canto ou no fim da sessão.

Alguns outros pontos importantes é que a notícia é pura e simples a ponta de um imenso iceberg. Emissoras que tendem a informar, nem todas é claro, também tendem a manter outros patrimônios, como hotéis, condomínios, fazendas e não se fixar em apenas um canal, diversificar os estilos de noticias e programas.

Pensar também no lado do profissional do meio, faz o que gosta e há a necessidade do trabalho [é preciso mesmo? Eu creio que sim]. Entre muitos que nos apresentam o acontecimento agora, há vários que correm pelas laterais sempre buscando relatar fatos menos ‘importantes’ que sempre ficam para a última página ou bloco [e creio serem os mais interessantes], além de blogs e revistas entre outros.

Agora me pergunto, do que adiantou tanta briga pela liberdade de expressão dos meios de comunicação, sendo que muitos destes, antes adeptos a tal causa agora resolver exibir apenas algumas ‘noticias’?! É, tem coisas que eu me esforço, mas muitas vezes prefiro nem entender.


FaBeer

quarta-feira, 21 de julho de 2010

Opinião, cada um tem a sua!

Até onde vai a nossa capacidade de interferir na escolha alheia?! Seja qual for ela!

Quem nunca passou pela situação de ter sua escolha, e muitas vezes o gosto (e creio eu que é o mais acontece) apontado como algo ruim?! Eu particularmente acho que estou no topo desta lista (e acho que isto se deve ao fato da minha cor favorita ser alaranjado). Certa vez, preparando-me para sair, horas pensando no que vestir (coisa de mulher) e ao estar pronta, alguém vira e fala “Mas você vai sair assim?!” e eu na mais paciência que tenho respondo alegremente “Sim” porém, não satisfeita com a singela resposta ainda incremento “Por que, algum problema?”

Certo, mas fato é que isto não apenas acontece ao fazer escolha de roupas, calçados, lugar aonde ir, filme para ver. Acontece também com escolha ‘não-materiais’, escolha feita por você sobre o que você sente, uma atitude a tomar sobre qualquer coisa. Assim, vou além, entrarei no fato de escolhas e ‘princípios’, aqueles que interferem na vida em si, nos caminhos e atitudes.

Pensando no oposto, que atire a primeira pedra quem nunca teve vontade de dizer algo sobre um pensamento alheio! Muitas vezes acontece sem querer, quando se percebe já falou e pronto, parecer lançado. O real problema vem depois (já até consigo imaginar quando não dei conta do que estava fazendo e ao dizer algo, aquele olhar que nem precisa de palavras me encarava), acontece é claro, mas com o passar do tempo aprende-se a ficar quieto e só ouvir e se quiser falar perguntar ‘ei, posso falar?’.

Pelo lado de detestar o fato de alguém impor opinião sobre algo que EU acho que deve ser de tal modo, não seria de se pensar em saber de outras opiniões, outros pontos de vista?! De pessoas que se conhece há muito e que muitas vezes parece saber melhor de nós mesmos. É claro que não há de querer uma segunda opinião para tudo, mas é fato que sempre há um detalhe que quase nunca vemos e quem esta de fora, na maioria das vezes, o enxerga. Porém não se pode criticar, afinal, estamos cercados de pessoas que querem ajudar. O problema esta mesmo quando se torna insistente e por mais que se diga ‘alô, não precisa mais, entendi’, a ficha não cai, alguém sempre vai continuar falando e por educação você continua ‘ouvindo’.

Sempre que a sua idéia sobre algo muda de forma a fazer o seu caminho mudar, ou apenas fazer um retorno pra ter certeza do que quer, com certeza alguém vai interferir, alguns vão discordar, dizer que é loucura, alguns nada farão por achar que sobre sua vida quem sabe é você, outros já serão mais práticos e apenas dirão o que acha uma única vez e de forma sucinta, afinal, vivemos em uma via de mão dupla.

Gosto deste pensar, do fato que cada um tem ideias distintas sobre a mesma coisa, diversidade. Não dá pra imaginar todos com a mesma opinião sobre tudo (se assim fosse, perderia a graça, já que a beleza esta na enorme diferença), no máximo algumas similaridades. É difícil saber quando interferir, e isto jamais deve ser feito em demasia, é fato que faz parto do ser humano querer opinar, mas não seria melhor antes pensar?! Nem todos têm esta ‘visão’, que a maioria gosta do que escolheu para si, afinal se quisesse algo já teria perguntado! Um dia, quem sabe, cada um fará o que achar melhor somente para si, mas acho que ainda vai demorar muito tempo até isto acontecer.


FaBeer

quarta-feira, 14 de julho de 2010

Quem é inteligente?

Será que achamos outras pessoas inteligentes porque elas enxergam o que não conseguimos e entendemos ou porque concordam com nosso ponto de vista?


Hoje quando tentava solucionar um simples problema, fazer o que era preciso de um modo prático, pensei por diversas vezes em como solucioná-lo. Já cansada e sem solução aparente eis que aparece alguém e eu, sem esperar qualquer reposta útil que fosse, apresentei o problema. Minha amiga, pessoa a quem perguntei, olhou e logo me disse: “Por que você não faz desta forma?”. Aquilo me deixou atônita por uns instantes.

A suposta solução era ótima. E sem ao mesmo pensar em mais nada respondi: “Obrigada. Você é inteligente.”

Porém ao dar esta resposta à minha amiga outra questão começou a despontar em meus pensamentos: Será mesmo inteligência ou só eu achava isto pois vira algo que não vi?
Questionamento me intrigando e eu comecei a pensar. Poderia buscar diversas pesquisas para saber numericamente e, quem sabe, até com precisão, a resposta para esta pergunta. Mas a intenção por trás da questão é ‘quando alguém é mais do que outro?’ (e, por favor, “mais” não é o mesmo que “melhor”). Quando se tem capacidade de realizar mais de uma tarefa ao mesmo tempo e mais, fazê-las com eficiência? Ou realizar algo em tempo recorde? Ou conseguir que um maior número de pessoas lhe dê ouvidos?

São inúmeras as hipóteses a serem levantadas, afinal são inúmeras as perguntas sem soluçai e inúmeras a pessoas que podem respondê-la.

Mas afinal, é possível saber quem é ou não mais inteligente? Eu creio que não, pois ninguém sabe tudo, não há ser humano que detém todo o conhecimento uma vez que este é contínuo e como também muitos conceitos podem e são alterados ao longo do tempo. Logo, pode-se dizer que uma das definições de inteligência (e, creio eu, ser uma das mais importantes, senão a mais) é o simples fato de dividir o problema. Mesmo depois de pensar e pesquisar, não abandonar a questão em si, questionar seja a quem for e ouvir o questionado.


FaBeeR