quarta-feira, 25 de agosto de 2010

É hora de criar!

Sentada com lápis e papel na mão [arcaico? Gosto da sensação de sentir o lápis correr e em cada traço uma letra formar, cada palavra e assim uma frase, pensamentos expostos].

Sem idéia do que fazer, pensar, dizer. Menta vazia, incapaz de propor qualquer assunto. Falta criatividade, falta discernimento, falta habilidade, falta de escolha, e por aí vai.

Processo criativo acabou!

Uma vez disseram-me que não existe período de falta de criatividade, que não há isto de não ter o que escrever. Ócio. Aaaahhh o ócio! Como é bom folgar, estado de inércia, ver o tempo correr sem nada fazer ou se preocupar com coisa alguma. Aproveitar as coisas fúteis da vida, um filme idiota, uma novela pior ainda, programas sem bom senso algum. Errado, detesto isto. Como é horrível querer criar e nada ‘surgir’, esboçar um sentimento qualquer e parar por ali, querer seguir, terminar o que começou e.... “fim da linha”.

Mas será que o que existe é uma falsa preguiça de criação ou pior, de querer criar. Acho que seria a vontade de criar, de dispor as habilidades para algo, seja o que for, material, intelectual, cultural. Mas o que leva uma pessoa a não querer criar, não dispor seu tempo para algo ‘útil’ (e mesmo que não seja útil, pelo menos que não seja estúpido [e é claro que neste caso o ‘lazer’, é algo a parte]).

Parece que uma das ações que gera tal conseqüência de ocupar-se seja com o que for, ou nem sequer dar o trabalho de fazê-lo (e creio que não se deve confundir a criação/processo criativo com ‘labuta’, mesmo que faça o que gosta, pois apesar de fazer viver da profissão escolhida por conseguir prender-se a ela e dizer ‘gosto do que faço’, em todas as área sempre tem aquele ‘que saco, mais um dia de trabalho’) é o fato de durante a vida [e por favor, se acha que não é assim, que tenha vivido ou visto de modo diferente, comente :D] nunca nos fora aconselhados a fazê-lo. O que mais se vê é o clássico ‘vai lá ver televisão’, afinal, é tão fácil, ligar a TV e deixar o resto por si só [acho que eu tenho mesmo birra com a televisão] e não qualquer palavra de incentivo ou indução para algo ‘menos difícil’.

Todo dia somos apresentados a diversos modos de vida, seja como e qual for e isto interfere em nos mesmos e noutros sem sequer percebermos. E é óbvio que cabe a cada um separar lazer de outras atividades, separar o ‘querer’ do ‘dever’, ninguém pode dizer o que fazer quando o tempo é seu, quando é livre para escolher, mas cabe a cada um saber que certas escolhas refletem em si mesmo e naqueles ao redor mais do que pensamos, então invente, crie, permita-se, não pense com os olhos.



Ps.: Mas não faça como eu, que no meio do filme no cinema procurou caneta e papel pra escrever uma idéia! [Poxa eu ia esquecê-la se não anotasse].


FaBeer

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Sem título [algo sobre mim]

É algo sobre mim, sobre minhas fraquezas. Coisas que incomodam... e sobre coisas que nunca vou entender. Então não comece esta leitura pensando que será um texto interessante “assim como os outros”.

Cansei da minha pseudo-inteligência. Cansei de ser quem eu acho que sou e que estou longe de ser e não ser quem realmente sou [e que aparentemente nunca serei].

Cansei dos olhares sobre o que acham que sou [e detesto ter que tentar explicar sempre. Não vejo a necessidade em tanta curiosidade sobre coisas sem importância, nada relevante] e odeio mais ainda o fato de explicar e não acreditar [nossa, isto me mata].

Cansei de trilhar mais de um caminho [‘santa’ indecisão] e chegar a lugar algum e perceber que nada adianta, pois em algum momento voltei e fiz as mesmas escolhas pensando que desta vez daria certo, afinal, o importante é não desistir, certo?! [já nem sei mais].

Cansei de tentar entender tudo e todos [o que não significa que não desisti das pessoas, algo me diz que devo continuar crente que há algo de bom nelas, o ruim é não conseguir distinguir e o mais importante, não julgar, afinal, somos 6 bilhões e cada um é diferente do outro].

Cansei de como as coisas são e cansei de tudo dizendo como elas devem ser [somos livres ou não?!] e de ver os defensores desta idéia serem os mais hipócritas e sem sequer seguir o mínimo do que diz [ok, redundante não, enfático sim].

Cansei de querer saber sobre muita coisa e nada entender, de achar que sei algo, mas sequer chego perto de uma ínfima parte da sua totalidade, diversos interesses de cultura e não seguir adiante [a culpa é minha ou seria de uma sociedade cujos olhos estão vendados? Esta é fácil de responder: a culpa é toda minha, apenas minha, e eu preciso aprender isto e confesso que não sei como ainda não havia percebido! Acho que são os meus olhos que estão há muito sem enxergar].

Estou perdida. As vezes é necessário não ver e fingir não ver para seguir adiante [infelizmente]. E assim descobrir que faço parte do problema e não da sua solução [e nem sei se consigo mais desviar o meu foco e pensar na sua solução, é difícil prosseguir, nadar, nadar e morrer na praia]. O pior [não encontrei palavra certa para definir isto] é que eu sei que o jogo pode ser revertido. Acho que preciso acreditar mais em mim, notar-me e esquecer o mundo lá fora, só assim mesmo para prosseguir.


FaBeer

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Quem disse isto?

Dizer o quê e em que hora?! Pessoas reunidas, conversas rolando, diversos assuntos, uns que todos discutem e outros que corre pelas laterais. Tudo muito bonito, alegria do povo e da galera, na pauta não falta o futebol e as gafes da semana, independente de quem for. Porém, eis que sempre [as vezes custo a acreditar, mas o termo ‘sempre’ é bem válido] alguém tem que falar algo a mais, o que não devia ser dito, abriu a boca e já era.

Falar, comunicar-se, expressar sentimento ou idéia. Faz parte do ser humano querer passar adiante ‘informação’ [e é qualquer informação mesmo], seja qual for: nova coleção de roupa, jogos, música, arte, política, simplesmente tudo. E ainda há aqueles que digam que mulher fala mais, sobre coisas de menos [sim, temos a necessidade de falar, é da nossa natureza, fazer o quê], mas isto não significa que se deve de generalizar e afirmar que todas não sabem o que dizem.

Há também o interesse, falar algo para ver se consegue algum retorno e se sobressair sobre isto [não sei se sou apenas eu, mas detesto isto]. Mas há uma diferença entre ter um retorno por algo de mérito próprio ou só pra chamar atenção. É claro que todos gostam de ver algo reconhecido, mas tem coisas que [por mais amigo que a pessoa seja, é difícil calar-se e não expor a opinião] são ‘meras palavras aleatórias tentando formar uma frase coerente sobre um assunto qualquer’, assunto este sem nexo algum ou já repetido algumas vezes.

Mas será que um bom argumento dos que ‘falam pelos cotovelos’ seria o clássico ‘quem cala consente’? Afinal, por que não dizer agora e deixar passar?! ‘Posso esquecer’ ou ‘posso não ter outra oportunidade’. Argumentos aos montes existem, mas acho que muitos não são válidos [e acho que seja pela razão de ambas as partes concordarem].

Sinto que muitas vezes faço parte da galera que muito fala e nada diz, afinal, adoro conversar [ou seria apenas ‘falar’, algo que esteja mais para um monólogo], mas acho que estou aprendendo a me controlar [sim, é difícil] e me desculpe se alguma vez eu atrapalhei um ótimo momento de silêncio.


FaBeer

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Todos perguntam...

Rádio ligado, música tocando e, do nada, a mente é invadida por uma nuvem de idéias. Perguntas a serem respondidas, uma questão leva a outra, e mais, mais, mais, mais perguntas e nota-se que tudo estes devaneios foram apenas perguntas.

Parei.

Olhar fixado em um ponto qualquer, sem qualquer intenção de observá-lo. É preciso saber no que pensar, concentrar as idéias, foco. Difícil escolher, as idéias surgem sem que sejam convidadas, atrapalham umas às outras, surgem e desaparecem sem explicação alguma. Concentração, concentração, concentração....... Parou, mas restou uma ainda, uma única: Por que se prender nas perguntas e não nas suas soluções?

Uma vez estava resolvendo [leia-se ‘tentando resolver’] um destes quebra-cabeças. Cinco, dez, trinta minutos, uma hora e nada, até que alguém se aproximou e falou ‘fica difícil executar a tarefa se você se concentrar no problema, devia focar na sua solução’. Como uma simples frase pode mudar muita coisa. Não que antes não se tenha tentado a solução, mas é raro [e mesmo sem pergunta alguma, lá estava eu prendendo-me na questão e não na sua resposta].

De onde vem este súbito de questionar?! Penso eu ‘será que ocorre apenas comigo?’. Que já me acostumei a perguntar, a querer saber motivos que tais questões fluem sem menor esforço? E mais perguntas... Sim, acostumei-me a criar mais perguntas e não pensar nas respostas, não dar atenção à elas, tais que poderiam ser muito mais úteis. Afinal, há tantas perguntas que não tem respostas [lost].

Ver o outro lado fez-me pensar que nem tudo é pergunta. O costume de questionar tudo e achar que o todo precisa ser perfeitamente entendido tornou-me presa a coisas desnecessárias [ou seria um modo de manter a mente sempre atenta a qualquer coisa?!]. Fez-me prestar atenção em coisas mais simples e ver também a resposta de algumas perguntas é questão de tempo [olha, seria este possível tema para um outro post?!]. É claro que ainda há dúvidas sobre certas coisas.

O complicado é saber quando parar para pensar, no que deve prender a atenção e, indo mais além, creio que apenas o que for importante para mim (e sem ser egoísta) e o que também for importante para quem nos é importante, tem sua relevância, já que não basta pensar apenas a si mesmo. Precisamos uns dos outros [mas isto já é tema para um próximo post].


FaBeer